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Acordei hoje com uma sensação diferente, que parecia tomar meu coração. Senti como se fosse um pássaro e quisesse abrir as asas... Sair, voar, viver. Senti a esperança, pequena, um brotinho, nascer no meu coração. Esperança como? Em quê? Não sei. Apenas senti vontade de sorrir depois do pôr-do-sol, até ver o dia amanhecer. Quero pertencer somente a mim. Sorrir por minha própria culpa, e ter o maior amor do mundo pela pessoa que vejo no espelho. Eu quero ter a minha felicidade livre, assim como eu, e que isso dependa somente de mim. Chega de ficar preso. Quero um amor livre. Livre. Liberdade. Libertação. A calmaria me alcançou, posso sentir meus pés caminhando por um caminho bom. Quero mais bossa nova, quero paz de espírito. Vem, me enche de alegria, me derrama todo seu amor com um beijo de liberdade.

Solidão em pensamentos

O frio gela meu rosto assim que chego à sacada. Vejo a noite silenciosa, luzes apagadas. A cidade dorme as escuras enquanto eu ainda estou aqui, no breu dos meus pensamentos, seu dormir. Eu havia prometido pra mim mesma nunca mais fazer promessas. Eu quebrei minha promessa e prometi não chorar por ninguém. Quebrei de novo. Eu só não consigo ser forte quando meu corpo não consegue mais. Meu coração pede socorro, minhas lágrimas estão secando e meu corpo gelado. Aí me lembro de uma pergunta besta que me fizeram um dia: "O que você mais deseja nesse momento?". Assim me questiono de novo, e respondo: "Eu quero paz. A minha paz específica. Desejo uma paz que tem braços, pernas e face. Tem um coração batendo. Que me aqueceu nos dias frios e fez meu coração bater desesperadamente. Causou-me suspiros e delírios, assim como dor e sofrimento. Desejo a paz do amor que tive por agora não tenho mais ao lado, somente dentro do peito. Desejo ele." Infelizmente não quero uma paz qualquer. Por que nunca queremos o que podemos alcançar ou o que é de fácil entendimento? Assim me questiono novamente, repetindo os mesmos pensamentos por quase todos os dias.

Incertezas de Ano Novo.

Os fogos anunciavam a entrada de um ano novo. Um ano esperado, não só por mim, mas por muita gente. As esperanças se concentravam nesse ano que entrou. As luzes coloridas clareavam o céu e assustavam os ouvidos, podiam se ouvir também o barulho das risadas e o estouro das champanhes. Alegria reinava em diversos lares, em diversos corações, inclusive no meu. Além da alegria, também existia uma pitada de arrependimento, de frustração. Ouvi dizer que começar um ano com sentimentos ruins não é uma coisa boa, mas não houve tempo pra mudar isso. É difícil saber que você teve algo em suas mãos e deixou escapar por entre os dedos. Viu ir, sem saber que estava indo. Sentiu a dor de ter perdido, ou quase perdido. Claro, admito, até dá pra suportar, não chega a ser uma coisa dói-tanto-que-não-aguento-mais. Mas... Eu queria tanto voltar atrás. Poder fazer o que ali meu coração mandou e eu deixei a razão decidir por mim. Maldita razão que na hora em que não podia resolveu tomar conta. Maldita foi a hora em que não me entreguei em seus braços e não pude sentir-me completamente envolvida em seus beijos, em seu delicioso ser. Ano Novo, sentimentos novos. Não é isso que dizem? Então, eu ainda espero pelo nosso momento de novo, embora lá no fundo eu tenha medo de que talvez não tenha outra oportunidade. Eu acho que te amo. Eu nem sei quem você é.