Exit.

Estava uma noite fria, como a maioria das outras. A lua iluminava e clareava as lágrimas já quase secas em meu rosto. Outra vez eu sentia aquela dor, que apertava, que feria, e que era o motivo de tantas noites mal dormidas. A saudade já estava insuportável, e até hoje, é algo que acaba comigo pouco a pouco. Sentindo-me sem sono, e ainda segurando aquela nossa foto. Fiquei ali, observando a noite, e como a lua solitária nunca deixava de brilhar. Será que ela, não sentia saudades de alguém? Sorte dela ser sozinha, e não sofrer por coisa alguma. Sentia-me como se uma parte tivesse sido arrancada, e chorar de saudades suas era mais que rotina. Me atormentava, me destruía lentamente, como ainda destrói. Eu nunca aceitei o fato de te perder, não quando parecia tudo perfeito. Também nunca acreditei em destino, mas não devia ser por acaso te encontrar, viver tudo o que vivemos, pra ter um fim assim. Meu amor por ti ainda vive, e chega a quase arrebentar meu peito, quando se junta com a saudade. Eu vivo de lembranças, vivo de tristezas. E a saudade fere, como se me cravassem um punhal a cada hora. Chegam a pensar que é exagero, mas eu sei que não é, e essa dor não desejo a ninguém. Há quem diga que é bom sentir saudades, e que não dói. Porém eu provo o contrário, pois a minha dói, por saber que não poderei te ver de novo. Mas ao menos sei que onde você estiver, está bem. Isso eu posso sentir. 

"If only I could, find the answer, to take it all away"