O amor é filme.

É nessas horas que eu me pergunto, se existe realmente amor. A maioria diz que sim, mas quando eu pergunto se amam, dizem que não, e quando dizem que sim, se esse amor é recíproco, a resposta é óbvia. Agora eu enxergo, não existe. Se existe, onde se esconde? Quanto vale? Como é? Eu não o sinto, eu não o vejo, não posso tocar. Daí, me dizem que ainda não achei a pessoa certa pra que eu realmente pudesse sentir.

Então tudo que vivi foi ilusão? É, foi. Não amo, e nunca vou amar. E assim que quero me manter, com os pés no chão. Não vou mais voar, nem sonhar com uma coisa que não existe. Não quero me prender a uma falsa realidade clichê, que todo mundo acha lindo, mas ninguém sabe realmente o que é. Amor? Agora amor pra mim é marketing, só coisa de filme ou propaganda. Ficção, é isso que o amor é.

E isso tudo, é revolta por um amor não correspondido ou mal resolvido? É, é sim. E eu vou esquecer que disse “Eu te amo” um dia pra alguém, e espero que essa (s) pessoa (s) também esqueça. Esqueça tudo o que eu disse, tudo o que eu sonhei, tudo o que escrevi, e tudo que imaginei. E se lembrar, pense que foi mentira, eu minto as vezes, então considere que essa frase foi a pior delas.

Eu tenho certeza que vou viver melhor assim, viver sem amor, sem acreditar que vou achar o grande amor da minha vida, e sem lembrar que talvez já tenha achado. Pés no chão, vai ser assim daqui pra frente.


"O amor é o ridículo da vida. A gente procura nele uma pureza impossível, uma pureza que está sempre se pondo, indo embora. A vida veio e me levou com ela. Sorte é se abandonar e aceitar essa vaga idéia de paraíso que nos persegue, bonita e breve, como as borboletas que só vivem 24 horas. Morrer não dói."