All.

O telefone toca, uma, duas, trêz vezes... Me acordando da agonia, e me fazendo lembrar eu ainda existo e infelizmente estou aqui. Sim, uma revolta contra a vida. Que não para, que faz com que tudo esteja em constante mudança... Revolta contra mim. Eu não queria que mudassem as coisas, não queria mudar. Mas eu sei que dessa vez nada vai ser pra mim como era na infância, e que eu conseguia tudo o que queria. Maldita criança mimada. Queria voltar no tempo, e é agora quebrando a cara que aprendo que devo pensar antes de fazer as coisas, porque depois não tem volta. Mas e quando o erro não foi meu? E eu só queria mesmo era voltar pra quando eu me sentia bem, de verdade. Pra quando era feliz, sabia disso, e dava valor. Queria aqueles dias de volta... Poder repetir as palavras e voltar a fazer planos. Sorrir e poder suspirar por sua causa, e poder dizer sem medo nenhum o quanto eu te amava, e te amo ainda, por mais que o tempo tenha passado. Redescubro esse amor a cada dia, e me machuco também mais e mais a cada dia. Se não posso voltar no tempo, porque então não consigo esquecer? Nessas horas não me gamo por ter boa memória. Sei que já tive muitos momentos bons, com pessoas boas. Mas nada se compara ao que eu senti por você... E quando parece (simplesmente parece) que tudo se ajeitou, você chega, e bagunça toda a minha vida de novo. Você não se importa, e ao contrário de mim, não quer que o tempo pare e que a vida seja um filme em que se possa rebobinar as cenas... Mas e daí? Você tá feliz, ta com outra pessoa... foi assim que você quis, e espero mesmo que continue assim. E quanto a mim? Quer saber, que seja. 


"When shadows paint the scenes, where spotlights use to fall, and I'm left wondering. Is it really worth it all?"